O trote é uma espécie de ritual de iniciação ou de passagem do(a) calouro(a) para a vida universitária. É organizado por estudantes veteranos(as) para promover a integração dos(as) novos(as) estudantes daquele curso.
Muitas vezes, porém, os trotes envolvem humilhação, violência física e verbal, racismo, homofobia e assédio moral ou sexual, entre outros. Em casos extremos, podem representar perigo para a saúde e a vida dos(as) calouros(as).
A existência de trotes violentos (alguns terminando em morte de estudantes) levou várias universidades a proibir esse tipo de atividade dentro do campus. Mas eles continuam acontecendo em outros locais, sem interferência das instituições de ensino.
Diversas entidades também tentam mobilizar estudantes e instituições de ensino contra o trote violento. Em São Paulo, por exemplo, a seccional da Ordem dos Advogados do Brasil fez várias campanhas contra esse tipo de trote, como mostram os cartazes que ilustram este texto.
Por sua vez, várias faculdades, universidades e centros de ensino têm incentivado os trotes cidadãos, como doação de sangue, arrecadação de dinheiro, roupas e alimentos para organizações sociais, visita a orfanatos e casas de repouso para idosos e até a abrigo de animais.
A orientação das instituições e da polícia é o(a) calouro(a) dizer “não” sempre que se sentir constrangido(a) com qualquer situação ou perceber que a brincadeira está saindo do controle. Em caso de insistência dos(as) organizadores(as) do trote, orienta-se denunciar os abusos e abusadores(as) à reitoria ou diretoria e, se necessário, fazer um boletim de ocorrência na delegacia mais próxima.