O Fies (Fundo de Financiamento Estudantil) é um programa que financia o valor do curso para quem não têm condições de pagar a mensalidade numa instituição privada durante a graduação.
Fies e P-Fies são modalidades diferentes de financiamento.
A modalidade I (Fies) é um financiamento ofertado diretamente pelo governo com juro zero a estudantes com renda familiar per capita de até 3 salários mínimos. Durante a graduação, o(a) estudante deve pagar o valor da coparticipação (a parcela dos encargos educacionais não financiada) diretamente ao agente financeiro.
Após a conclusão do curso, o(a) estudante deverá pagar o que foi financiado de acordo com sua realidade financeira. Ou seja, a parcela a ser paga vai variar de acordo com a renda do(a) formado(a) e será descontada diretamente da folha salarial. Caso ele(a) não tenha renda, pagará apenas um valor mínimo.
A modalidade II do Fies, que tem juros anuais de cerca de 3% mais correção monetária, não é ofertada nas regiões Sudeste e Sul.
Já a modalidade P-Fies (III) é voltada para estudantes com renda familiar per capita entre 3 e 5 salários mínimos. Esse financiamento é ofertado por bancos privados, mas os juros são mais baixos do que os cobrados pelo mercado já que as instituições financeiras contam com recursos públicos dos Fundos de Desenvolvimento Regional e do BNDES.
Ainda assim, os juros são mais altos do que os cobrados nas outras modalidades do Fies. A taxa e as condições de financiamento do P-Fies são definidas entre o agente financeiro operador do crédito (banco), a instituição de ensino superior e o(a) estudante.
Para participar do processo seletivo do Fies, além de se enquadrar nos limites de renda estipulados pelo programa, é preciso ter participado de alguma edição do Enem a partir de 2010 e ter obtido média mínima de 450 nas provas e nota maior que zero na redação.
Até quem tem bolsa parcial do ProUni pode conseguir financiamento por meio do Fies para pagar o restante da mensalidade. Só não é permitido fazer um curso com o ProUni e outro com o Fies.