Ortografia é memória visual

Certamente você já leu ou ouviu a frase do título deste texto em algum lugar. Mas já parou para pensar no quanto ela é verdadeira?

A leitura atenta, frequente e prazerosa de bons conteúdos é a maneira mais eficiente de fixar a estrutura da língua e assimilar a forma correta de grafar as palavras.

Você sabe, por exemplo, que a palavra HUMANO começa com “h” e não com “u” por ter lido a forma correta centenas de vezes.

Você pode estranhar a palavra MUÇARELA, cuja grafia correta é com “ç”, de tanto ter lido a forma errada, com “ss”, repetida no cardápio da pizzaria ou da lanchonete, nas embalagens desse produto, no caderno de receitas de sua mãe ou avó, por exemplo.

E o que pode ser apreendido desses dois exemplos? Que você precisa ler jornais, revistas, livros de todos os gêneros, blogues, sites de notícia etc. para fixar a grafia das palavras.

Mas cuidado! Quantidade não significa qualidade. Não basta ler muito. É preciso ter critério ao escolher o que vai ser lido. E é preciso também recorrer aos dicionários sempre que tiver dúvida – ou quando a certeza parecer grande demais, como no caso de MUÇARELA.

Para a sorte de todo mundo, hoje há diversos dicionários virtuais e também o Volp, o Vocabulário ortográfico da língua portuguesa,  publicado pela Academia Brasileira de Letras, no qual você pode checar como escrever corretamente mais de 380 mil (isso mesmo, 380 mil!) palavras de nosso idioma.

E um lembrete: diga ou escreva “erro de grafia” e não “erro de ortografia”, pois “ortografia” vem do grego “orto” (correto) e “grafia” (escrita). Portanto, “ortografia” quer dizer “grafia correta”. E não existe erro de grafia correta, certo?